Preciso de um especialista em energia garantida? Quando chamar (e quando não)
Por Tecsys Soluções em Energia • 35+ anos em continuidade operacional.
Sumário
- A analogia da “dor de cabeça”
- O que define criticidade
- Quando chamar um especialista
- Quando você não precisa de especialista
- Autonomia: onde o projeto pesa (ou economiza)
- Checklists de aquisição e operação
- Erros comuns (e como evitar)
- Mini-casos reais
- Roteiro de decisão em 7 passos
- FAQ rápido
- Quando envolver a Tecsys
A analogia da “dor de cabeça”
Uma dor leve e pontual você resolve com um analgésico e segue o dia. Mas se a dor é intensa, recorrente ou vem com sinais de alerta, você procura um especialista.
Em energia é igual: algumas decisões são simples (DIY); outras pedem diagnóstico, projeto, comissionamento e manutenção especializada.
“Preço sem suporte vira custo oculto. Continuidade é engenharia + manutenção + peças no Brasil.”
O que define criticidade
Avalie estas 5 dimensões antes de decidir:
- Impacto financeiro por hora de parada (faturamento, retrabalho, multas contratuais).
- Saúde/segurança e compliance (hospital, laboratório, indústria regulada, LGPD).
- Perda de dados e tempo de recuperação (RPO/RTO em TI).
- Janelas de manutenção disponíveis e SLAs acordados.
- Imagem e reputação (varejo, data center, serviços 24/7).
Disponibilidade
Meta > 99,9% SLA
RPO/RTO
Define a autonomia e o plano B
TCO
CAPEX + OPEX + risco de parada
Quando chamar um especialista
| Cenário | Exemplos | Risco de parada | Chame para | Benefícios |
|---|---|---|---|---|
| Saúde 24/7 | UTI, centro cirúrgico, laboratório | Vida, jurídico, reputação | Projeto com redundância N+1, ATS/STS, testes sob falha, manutenção e monitoramento 24/7 | Disponibilidade e conformidade |
| TI / Data center | ERP, e‑commerce, file server | Perda de dados, receita, contratos | Estudo de carga e autonomia por serviço, paralelismo, integração com gerador | Uptime e governança |
| Indústria / processo | CLPs, fornos, linhas | Sucata, retrabalho, acidentes | UPS online, THDi baixo, segregação de circuitos, bypass | Qualidade e segurança |
| Varejo | PDVs, câmaras frias | Vendas e perecíveis | UPS dimensionado + gerador + comutação automática | Receita preservada |
| Regulatório | ABNT/NR/boas práticas | Multas e interdições | Adequação a normas, laudos, documentação | Compliance comprovável |
| Incerteza técnica | “Qual UPS/gerador/autonomia?” | Compra errada = risco e desperdício | Consultoria e viabilidade (CAPEX/OPEX/TCO) | Decisão correta de 1ª |
Quando você não precisa de especialista
Em geral, quando a carga é pequena, a criticidade é baixa e a solução é padronizada. Exemplos:
| Perfil | Exemplo | Solução DIY | Limite sugerido | Observação |
|---|---|---|---|---|
| Posto individual | 1 desktop + monitor | UPS 600–1500 VA | Até ~1500 VA | Verifique VA/W e autonomia de 5–10 min |
| Rede pequena | ONT/roteador + switch | UPS compacto dedicado | 600–1200 VA | Separe rede da carga geral |
| CFTV/controle | 1–2 câmeras/controladoras | UPS ou fonte com bateria | 12/24 V, baixa corrente | Confirme tensão/consumo/autonomia |
Dica: acima de ~1500 VA, integração com gerador, necessidade de redundância/ATS ou autonomia prolongada tendem a virar “mini‑projetos”. Avalie envolver um especialista.
Autonomia: onde o projeto pesa (ou economiza)
Três perguntas essenciais:
- Quanto tempo você realmente precisa? (partida do gerador + margem? salvar e desligar?)
- Quanto esse tempo custa? (baterias, espaço, refrigeração, manutenção)
- Qual é o plano B? (gerador, failover de carga, shutdown automatizado)
Regra prática: com gerador confiável, dimensione 10–15 min de autonomia, salvo exigência específica. Autonomia longa implica mais baterias e manutenção periódica.
Checklists de aquisição e operação
Checklist técnico (UPS/gerador/infra)
- Topologia do UPS: online dupla conversão; PF ≥ 0,9; THDi baixo
- Compatibilidade com gerador; ATS/STS e bypass de manutenção
- Paralelismo N+1 quando necessário
- Integração SNMP/Modbus/API com NOC/ITSM/SCADA
- Dimensionamento de autonomia por serviço/área (não só “total”)
Checklist operacional
- SLA e MTTR definidos; plantão e janelas de manutenção
- Estoque local de peças/baterias; política de obsolescência
- Plano de preventiva/preditiva e testes sob falha programados
- Monitoramento 24/7 com alertas e relatórios acionáveis
Checklist de compliance
- ABNT NBR 5410, NR‑10, IEC 62040 (UPS)
- Documentação, laudos e ART quando aplicável
Erros comuns (e como evitar)
- Comprar por VA/preço ignorando autonomia, THDi e compatibilidade com gerador.
- Superdimensionar autonomia “por segurança” e não manter baterias.
- Ignorar bypass de manutenção (cada intervenção vira risco).
- Não prever peças e assistência no Brasil (lead time = indisponibilidade).
- Deixar o UPS “mudo”: sem monitoramento, você perde sinais preditivos.
Mini‑casos reais
Varejo que vendeu mais no apagão
Rede de bairro manteve PDVs e iluminação com UPS dimensionado + comutação automática e faturou +40% enquanto concorrentes fecharam.
Data center que ganhou mercado
Blackout em BH: UPS em paralelo, failover automatizado e monitoramento 24/7 mantiveram o uptime — novos contratos vieram na sequência.
Laboratório sem sustos
Telemetria apontou deriva em banco de baterias; troca preventiva 4 dias antes da falha — operação intacta.
Roteiro de decisão em 7 passos
- Classifique a criticidade (vida, dados, receita, compliance).
- Levante inventário e perfil de uso (VA/W, fator de carga, picos, crescimento).
- Defina autonomia por serviço e o plano B (gerador/shutdown).
- Decida DIY × especialista usando as tabelas.
- Se especialista: solicite viabilidade com opções e TCO.
- Valide suporte: peças no Brasil, SLA/MTTR, rede credenciada, monitoramento.
- Planeje testes sob falha, manutenção e indicadores (disponibilidade, incidentes, tempos).
FAQ rápido
Posso confiar em UPS importado?Quanto de autonomia preciso?Preciso de paralelismo?Qual o ponto de virada para chamar especialista?
Quando envolver a Tecsys
35+ anos em energia garantida. Engenharia, projeto e comissionamento; manutenção preventiva/preditiva; monitoramento 24/7; estoque de peças e SLA no Brasil. Abordagem “Guardião da Continuidade”: do dimensionamento aos testes sob falha e relatórios.
Normas e referências
- ABNT NBR 5410 — Instalações Elétricas de Baixa Tensão
- NR‑10 — Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
- IEC 62040 — UPS: requisitos e segurança
- Uptime Institute — conceitos de redundância e disponibilidade (Tier I–IV)
“Continuidade não é sorte. É projeto, comissionamento, teste e manutenção — repetidos com disciplina.”


